A história que deveria ser contada no universo de Star Wars finalmente conseguiu se tornar independente, ou será que não?
Rebel moon, o filme de Zack Snyder que teve um marketing relativamente caro por parte da Netflix, dividiu bastante a opinião dos críticos mas agradou a maioria dos fãs do diretor e assinantes da plataforma.

No longa As forças implacáveis do Mundo-Mãe ameaçam um pacato vilarejo agrícola em uma lua distante. Então, uma misteriosa fazendeira do local, uma guerreira, se torna a maior esperança de sobrevivência do povo ameaçado. Junto com um representante da vila, ela sai em busca de guerreiros para lutarem contra os invasores tiranos de seu planeta. A primeira vista Rebel Moon consegue enganar pela ótima direção de fotografia de Zack snyder, as cenas são bem bonitas e realmente captam a identidade visual que o diretor sempre leva em seus projetos pro cinema ou streaming. A grande questão desse filme, é fato dele ser muito enrolado, explicativo demais e dramático em doses desnecessárias. Os primeiros 40 minutos são bem interessantes, te dá a expectativa de ver algo realmente a altura de Star Sars, os cenários, as criaturas, as personalidades dos personagens, mas depois disso fica tão lento.
A amada câmera lenta está presente novamente como em todo filme do Zack, mas as atuações em certos níveis incomodam um pouco, lembram peças de teatro mal ensaiadas, castigam um pouco os telespectadores.

O fato de ser a primeira parte de uma história ainda maior, Rebel Moon, exagera na duração de 2 horas e 14 minutos sendo facilmente resumido em 1 hora e meia. Muitas pessoas disseram que foi um milagre Snyder ter seu projeto anos atrás recusado por George Lucas por não ter estragado ainda mais o universo de Star Wars, porém, é nítido que Rebel Moon seria completamente diferente se fosse conectado aos filmes de Star Wars, é fácil afirmar que com toda a profundidade da franquia, essa ideia poderia sim funcionar, o erro dele foi resumir a grandeza dessa franquia super famosa, em um filme de origem de um novo universo usando um roteiro com falas descritivas. A história por mais genérica que seja, é bem decente no quesito ação, portanto, a profundidade de cada arco dos personagens é  mal aproveitada para entregar um protagonismo forçado e sem carisma da “menina do fogo”.

O fato do filtro escuro presente em mais uma produção de Snyder, mostra o desperdício nesse longa em específico,de apresentar a personalidade de cada membro da equipe de rebeldes, já a câmera lenta por incrível que pareça, felizmente foi usada de forma moderada nesse filme completando essa receita de bolo do diretor. O vilão interpretado por Ed Skrein (Atticus Noble) é muito estereotipado e facilmente reconhecido por qualquer telespectador na face da terra quando comparado a uma figura histórica da humanidade com os mesmos trejeitos. O personagem mais intrigante de Rebel Moon de longe é Jimmy o robô, que tem o menor tempo comparado aos outros personagens, mas que consegue ser carismático e por protagonizar os melhores diálogos do filme mesmo porque as cenas de ação são convincentes e até bem coreografadas mas o protagonismo de Sofia Boutella e o antagonismo de Ed Skrein são um pouco caricatas humildemente falando. Mesmo como um fã do diretor, te afirmo que não vale a pena você criar uma expectativa muito grande sobre essa produção, esperando que ela te entregue uma experiência espacial completamente nova, vá asssitir esperando um filme clichê com personagens nada originais, onde um robô consegue chamar mais atenção do que uma atuação, espere cenas de ação bem coreografadas e cenas filmadas em altíssima resolução.