REVIEW | “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” recorre a nostalgia exagerada que é divertida, mas não sustenta a trama
Com um vilão ala “Game of Thrones”; “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” mais uma vez recorre à nostalgia exagerada, que não sustenta totalmente o filme, mas que, no fim, acaba sendo muito divertido.
O filme narra o retorno da família Spengler à estação de bombeiros de Nova York, onde tudo começou. Em meio à sua caçada aos fantasmas, surge um artefato antigo que libera uma grande força maligna. Por isso, a nova e antiga geração dos caça-fantasmas unem forças para impedir uma segunda era do gelo.
Não é fácil para uma franquia se sustentar por tantos anos, embora isso seja motivado muito mais pelos números do que por dar continuidade a um legado que percorre gerações.
O longa é muito divertido; as piadas funcionam e o elenco tem sintonia. É muito gratificante trazer esses personagens e essa história para a atualidade, e o filme é de fato muito bom nisso.
Por outro lado, o desgaste e a saturação da nostalgia fazem com que certas coisas se tornem muito batidas ou óbvias demais, tirando, de certa forma, o brilho que os caça-fantasmas deveriam ter.
Mesmo que o filme não se leve a sério, e de fato ele deveria ser assim, certas coisas são tão feitas de qualquer jeito que fica impossível de ignorar. Obviamente, uma trama não precisa ser expositiva, mas aqui tudo é muito apresentado sem explicações, sem contexto e, no fim, sem sentido.
A narrativa em certo ponto e o desenvolvimento de alguns personagens, que são incluídos aqui, são tão mal trabalhados que, infelizmente, tiram você do filme algumas vezes. Uma dose de nostalgia nunca é ruim, mas se embriagar dela e esperar que todo o resto se resolva sozinho não é uma solução inteligente.
“Ghostbusters: Império de Gelo” não supera seu antecessor, e apesar de ter bons momentos, não está em um nível clássico, mas funcionaria muito bem em uma sessão da tarde